terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

" O mundo que Deus nos deu é mais do que suficiente, segundo os cientistas e pesquisadores, para todos; existe riqueza mais que de sobra para todos. É só uma questão de reparti-la bem, sem egoísmo. O aborto pode ser combatido mediante adopção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o estado, nem o médico. Ninguém. Nunca, jamais, em nenhum caso. Se todo o dinheiro que se gasta para matar, fosse gasto em fazer com que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e muito felizes. Um país que permite o aborto é um país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e o medo é sempre uma grande pobreza."



Lindo! Mas, infelizmente, o aborto está longe de ser apagado da nossa sociedade e, pelo contrarário, tem adeptos ferranhos com múltiplas justificações. A todos esses, fica este pensamento de quem deu muita vida a tudo e a todos e que, penso, é uma figura inquestionável da presença do bem nesta nossa terra - Agnes Gonxha Bojaxhiu ( Madre Teresa de Calcutá ) que por surpreendente que pareça não necessitou de grandes revelações para seguir este ou aquele caminho. Não teve visões ou outras coisas transcendentes, para ela bastou ouvir um missionário Jesuíta afirmar que cada qual na sua vida deve seguir o seu próprio caminho se todos aplicassemos um pouco desta prática, aceitando aquilo que nos se depara não seríamos muito mais felizes.

Parece-me que senão o maior um dos maiores males do mundo é querermos ser todos iguais! Todos com sucesso; profissional, no amor, de beleza inquestionável, seriedade a toda a prova, os melhores amigos, os melhores amantes enfim queremos ser tudo de bom que ouvimos ou vemos nos outros e muitas vezes até desejamos aquilo que os outros tem. Esquecemos que aquilo que cada um tem ou vive tem um preço ou uma renuncia. Será que no banquete da vida estariamos dispostos a pagar a factura final ou mesmo outras que se vão pagando pela vida fora. Enfim, prefiro continuamente ir respondendo aos desafios que a minha própria vida me traz, e já são muitos, do que me estar a preocupar em seguir outros...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Meus amigos, ou, como na minha terra se cumprimentam as pessoas... "Buei om", para acabar, desde já, com este tom nobre e sério de "Meus Amigos" como se fosse dar uma lição. Embora seja essa a minha vontade. Antes de mais, quero dizer-vos o quanto tenho saudades de ouvir um bom "Buei om" seguido de um "tás bom" em vez dos tímidos; "como está?", "tudo bem?", ou como recentemente, tenho ouvido, se cumprimentam o "miúdos" das escolas: "ó porco". Faz lembrar o célebre "sai da frente, ó gorda, peixona!" Estou para ver quando será a sequela do dito, mas, desta vez penso que será um "dá o magalhães já!" pois, ao que parece, nas aulas já se estuda anatomia comparada no dito magalhães enquanto professores dão a matéria. Não é de admirar, somos um pais de exploradores, e cada um explora com o que tem mais à mão, o Magalhães tinha a vitória (nau) e nós... bem, temos muitas coisas.

Voltando à aula que queria dar. Ora bem! ou melhor, Ora Mal! Muito mal mesmo, senão vejamos: Uma notícia do DN dava conta que Ana Jorge ponderava alterar a Lei do Aborto. Acho muito bem sempre fui contra a Lei do Aborto (ponto final). Mas, fiz mal, fui indagar as razões que apoiariam tal medida e fiquei pasmo. Ora passo a enumerar:


.1 Parece que as mulheres que decidem praticar uma ivg ( assim é mais soft) tem tendência a recorrer repetidas vezes a esta prática. Em dois anos houve mulheres que abortaram mais do que uma vez.


.2 Quando são questionadas sobre qual o método anticoncepcional que estas utilizam ou já utilizaram a resposta é pronta, NADA, não estão a tomar nada, bem, algumas tomam, mas é "pá depressão" ( talvez resultado de ficarem "xones" com tanta ivg, cá para mim)


.3 Segundo dados, fidedignos, porque disponibilizados por apoiantes desta lei, só em 2008 foram 16 839 as ivg praticadas ( foram mais, mas, as outras, tem um nome diferente são abortos). Mas mesmo que fossem só e repito só 16 839 já acho muitos abortos, perdão, muitas ivg.


.4 Este ponto é consequência do anterior e resultado de todos os outros, isto está a ser uma "despesa do caraças".


Ora como estamos em tempo de crise quando continuei a investigar a notícia já de novo no DN não fiquei surpreendido que afinal fosse falso alarme e, segundo fonte oficial, não esteje prevista nenhuma alteração à dita Lei. Eu disse que estavamos em tempo de crise e é verdade mas não é essa que pensaram pois, pelos vistos, não falta dinheiro ao SNS para a prática de ivg. Afinal, é preciso mais tempo para avaliar a situação. Parece até ser possível um compromisso com alguns movimentos pró vida no qual se proibiria uma segunda ivg, sendo assim, esta ficaria reservada apenas para primogénitos, passo a explicar, os primogénitos só nasceriam se fossem primogénitos de um segundo nascimento em que o primeiro não tivesse ocorrido por ter sído praticada uma ivg. Parece-me claro! Sendo assim a Lei é para manter, faz-se cortes noutro lado, reduz-se as cirurgias ou fecham-se uns centros de apoio aos doentes oncológicos, logo se vê...



PS. Peço imensa desculpa pela forma rude, bruta, grutesca em que me acabei de expressar. Mas, só assim, se vê o ridículo da situação em que andamos no país e no mundo. Pessoalmente, tenho ainda uma outra perspectiva, que deve ser partilhada por muitos casais, na medida em que tive que "pedir ajuda" e pagar ao SNS para que este fizesse precisamente o contrário e permitisse o nascimento da minha filha.



ivg - Interrupção Voluntária da Gravidez.

Voluntário - feito e realizado de acordo com a vontade ( não por condicionalismos mas apenas porque lhe deu vontade ); é todo aquele que age de acordo com a sua vontade; em Direito diz-se do crime feito intencionalmente e não por acidente - o assassinato voluntário é gravemente contrario à dingidade do ser humano.

Com este pensamento me despeço Meus Amigos até breve!