sábado, 29 de dezembro de 2007

Mesmo a terminar o ano de 2007 quero iniciar um novo capítulo nas nossas mensagens. Os temas serão: a ganância, a vaidade, a mentira... enfim, a natureza humana no seu melhor.
Capítulo I
A Ganância
Um cão, ao passar um rio, levando uma presa na boca, cedo se apercebe que outro, leva também, um bom bocado na boca que lhe parece maior e mais apetitoso, ao ver que o cão lhe vai fugindo com presa melhor, cedo se arreganha, e larga, a sua, da boca. Vê então, que o outro, medroso, também da boca deixa o seu bocado.
Pena tem, quando, a presa ao cair na água, assim esfuma o seu reflexo, que era o único ali presente. Desfeito o engano, mas, tarde demais, já a corrente leva os dois bocados de carne, o seu e, o outro, que nunca existiu.
( Inspirado numa fábula de Jean de La Fontaine - poeta francês 1621-1695)
Assim andamos nós. Entregamos de mão beijada, os nossos bens mais preciosos, ou a alma, pelos reflexos dos outros, ou mesmo, de nós próprios, que nos cegam.
29 de Dezembor de 2007

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

VARICELA

O que é a varicela?

Qual é a idade mais habitual para o aparecimento da varicela?

A varicela é uma doença contagiosa?

Qual é o período de contágio da varicela?

Ao fim de quanto tempo após o contacto com um doente com varicela aparece a doença, no caso de haver contágio?

Qual é a altura do ano em que a varicela é mais frequente?

Quantas vezes pode uma criança ter varicela?

Quais são os sintomas da varicela?

Quais as diferênças entre a varicela na criança e no adulto?

A varicela é uma doença benigna?

Quais são as complicações da varicela?

O que é a Síndrome de Reye?

Como se faz o diagnóstico de varicela?

Como se trata a varicela?

Pode prevenir-se a varicela?



O que é a varicela?

A varicela é uma doença infecciosa causada por um vírus chamado Vírus da Varicela Zoster também conhecido por human erpes vírus 3,
(porque é também o agente causador do herpes zoster ou zona).


Qual é a idade mais habitual de aparecimento da varicela?

Esta é, sem dúvida, uma "doença da infância" atingindo preferncialmente crianças dos 2 aos 8 anos. Importante é saber que até ao 3º ou 4º mês de vida as crianças estão protegidas pelos anticorpos maternos (transmitidos pela mãe durante a gravidez) se a mãe teve a doença anteriormente.

Embora seja mais raro, a varicela pode atingir os adultos que não tiveram a doença enquanto crianças.


A varicela é uma doença contagiosa?

A varicela é considerada uma doença muito contagiosa, mas a sua transmissão depende, quase sempre, do contacto directo com a pessoa infectada. Isto deve-se ao facto de o vírus da varicela ser muito sensível à lavagem das mãos de quem trata do doente e ao arejamento dos locais onde este permanece. A transmissão pelo ar (através das gotículas de saliva), é teoricamente possível mas muito rara.


Qual é o período de contágio da varicela?

O período de contágio da varicela é de cerca de 10 dias (desde o dia anterior ao aparecimento da erupção até todas as vesículas estarem secas, formando crostas que já não contêm vírus vivos). Em alguns casos, em que a erupção é ligeira, este período pode ser menor, mas a legislação obriga a um período de afastamento escolar de dez dias, nas crianças em idade escolar que contraíram varicela.

Daqui resulta que uma criança pode ser o vector de contágio para outra quando ainda não apresentava sintomas aparentes, em virtude, de antes de apresentar as típicas erupções a varicela já ser contagiosa.


Ao fim de quanto tempo após o contacto com um doente com varicela aparece a doença, no caso de haver contágio?

O tempo que decorre desde o contágio até ao aparecimento da varicela (período de incubação) é de cerca de 15 dias, podendo variar desde dez e vinte dias.


Qual é a altura do ano em que a varicela é mais frequente?

Os surtos de varicela surgem habitualmente na Primavera, no final do Outono e no Inverno.


Quantas vezes pode uma criança ter varicela?

Só se tem varicela uma vez na vida pois a doença confere imunidade permanente (protecção contra uma nova infecção pelo mesmo vírus). Mas, embora raros, já estão descritos e comprovados alguns casos de segunda infecção pelo vírus da varicela, mas na maioria dos casos a ocorrência de segunda infecção deriva de erro de diagnóstico num dos casos.

Quais são os sintomas/como se manifesta a varicela?

O primeiro sintoma é a febre ligeira. Um ou dois dias mais tarde aparecem as típicas manchas vermelhas, primeiro no couro cabeludo e espalhando-se mais tarde pela cara, tronco, axilas, braços, pernas, boca e por vezes na traqueia e brônquios.
Na sua forma mais frequente a varicela começa com o aparecimento da erupção ou exantema em simultâneo com sintomas gerais e inespecíficos, como febre, dores de cabeça, mal estar e falta de apetite. A erupção da varicela caracteriza-se pelo seu aparecimento por «surtos», inicialmente no tronco onde é mais abundante, e expande-se depois para as regiões da cabeça e membros, tornando-se mais escassa nas zonas mais afastadas do centro do corpo. Outra característica da erupção da varicela é a sua rápida evolução, passando as lesões da pele por várias fases num período de poucas horas. As primeiras lesões são manchas de cor rosada (máculas), que se tornam salientes (pápulas), formam pequenas bolhas com líquido transparente no centro (vesículas) que ao secarem vão formar uma crosta. Devido à sua rápida evolução a característica mais evidente da erupção cutânea (exantema) da varicela é a coexistência dos quatro tipos de lesões (máculas, pápulas, vesículas e crostas) ao fim do primeiro ou segundo dia de doença. As lesões da varicela poupam a palma das mãos e a planta dos pés mas, atingem o couro cabeludo e as mucosas (garganta, órgãos genitais e conjuntiva), onde podem causar pequenas feridas dolorosas. Outra característica da varicela é causar habitualmente prurido (comichão), que pode ser intenso. Em relação à febre, é um sintoma variável na varicela, podendo ir de quase inexistente a febre elevada (39º - 40º), sendo a sua intensidade geralmente proporcional à extensão da erupção.

Quanto tempo duram as borbulhas?

Normalmente ao fim de 5 dias deixam de aparecer novas borbulhas.

A maioria forma crosta em 6 a 7 dias.

Há diferênças entre a varicela nas crianças e no adulto?

A varicela é , em geral, mais grave no adulto. Já vimos que na varicela do adulto há um período inicial de sintomas gerais, tais como: febre, dores de cabeça e de garganta, mal estar, dores musculares e falta de apetite, que precede o aparecimento da erupção, o que é menos habitual na criança. Além destes sintomas gerais mais precoces e intensos, a febre alta dura mais dias e a erupção é mais extensa. Também as complicações, raras na criança, são mais frequentes no adulto e potencialmente graves.

A varicela é uma doença benigna?

Na infância, a varicela é uma doença benigna, cursa, por vezes, com apenas uma erupção ligeira e quase sem febre ou outros sintomas gerais. Pode, no entanto, evoluir de forma mais grave, com complicações, o que é mais frequente nas crianças muito pequenas (no primeiro ano de vida), nos adultos e nos doentes imunodeficientes (com as defesas diminuídas por outras doenças). A varicela pode também ser grave na grávida, não só pela sua evolução, mas pelo risco de causar malformações, quando contraída nos primeiros meses da gravidez, ou varicela grave no recém nascido se afectar a mãe nos dias que antecedem o parto.

Quais são as complicações da varicela?
São principalmente as infecções bacterianas, encefalite e a pneumonia. Mas a complicação mais frequente da varicela é, sem dúvida, a infecção das lesões da pele por bactérias transportadas para o local quando o doente se coça. Não será displicente o cuidado a ter com as unhas. Deverão ser cortadas o mais rente possível para que a criança não provoque lesões na pele e ao mesmo tempo não sejam um local favorável ao acúmulo de bactérias.

As lesões infectadas podem, por sua vez, servir de porta de entrada a outras infecções mais graves, nos pulmões, rins, ossos, etc.

A pneumonia causada pelo vírus da varicela, embora rara, é uma complicação que pode ser grave, e que atinge principalmente os adultos, e com maior frequência as grávidas. Outras complicações mais raras são as complicações neurológicas, como a encefalite (infecção do cérebro) e a Síndrome de Reye (inflamação do cérebro e do fígado).


O que é a Síndrome de Reye?

A Síndrome de Reye é uma afecção grave de causa desconhecida, que provoca uma inflamação progressiva do cérebro e do fígado, podendo causar a morte. O Síndrome de Reye afecta normalmente crianças ou adolescentes, e embora se desconheça a sua causa, sabe-se que existe uma relação entre a administração de ácido acetilsalicílico ou derivados (aspirina, aspegic, etc.) a crianças com varicela ou gripe e o aparecimento desta complicação grave.



Como se faz o diagnóstico de varicela?

Sendo a varicela uma doença com sintomas e sinais fáceis de identificar pelo médico, o diagnóstico é habitualmente clínico, não havendo necessidade de o médico pedir análises.

Qual é o tratamento para a varicela?
O tratamento da varicela tem como finalidade o alívio dos sintomas. Para isso deve dar-se paracetamol para controlar febre (nunca utilizar aspirina, aspegic ou outros salicilatos devido ao risco de Síndrome de Reye) e antihistamínicos ou loções de uso local para aliviar a comichão, se esta for intensa. Cuidados de higiene, são fundamentais, para diminuir o risco de infecção secundária das lesões. Além do banho diário com água morna e sabão deve haver o cuidado de manter as unhas bem cortadas e limpas. Actualmente é possível diminuir a duração e a gravidade da varicela através da administração de um medicamento específico, o Aciclovir, em cinco doses diárias de xarope ou comprimidos . Para que este tratamento seja eficaz deve ser aplicado desde o início da doença. O uso de Aciclovir deve ser ponderado pelo médico e pelos pais, quando se trata de crianças, em que a evolução da doença é habitualmente benigna. A sua utilização é um imperativo nas situações em que é maior o risco de varicela grave, como são os jovens acima de catorze anos e os adultos, os doentes a tomarem altas doses de corticoides ou os que sofrem de doenças de pele ou doenças respiratórias crónicas.



Pode prevenir-se a varicela?

Já existe uma vacina contra a varicela, mas não é utilizada de forma generalizada, nem faz parte do calendário de vacinação.
  • Todas as crianças com 18 meses de idade, a
    menos que já tenham recebido uma dose da
    vacina contra a varicela ou tenham uma história
    clínica de varicela
    • Crianças com idades entre os 10-13 anos, a
    menos que já tenham recebido uma dose da
    vacina contra a varicela ou tenham uma história
    clínica de varicela
    Crianças que tenham tido varicela são consideradas
    imunes e não necessitam ser vacinadas.
    Existe também, para atenuar os sintomas da doença nos indivíduos que tiveram contacto com doentes e têm risco de desenvolver uma forma grave de varicela (adultos, grávidas, imunodeficientes, doentes tratados com doses altas de corticoides e recém nascidos), a possibilidade de administrar a gamaglobulina hiperimune (ou seja, um soro com anticorpos para o vírus da varicela).



segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Em que consiste uma Embolia Pulmonar?
(Também designado por Tromboembolismo Pulmonar)
Na embolia pulmonar há um coágulo que estava numa veia do corpo, por exemplo a nível dos membros inferiores - Tromboflebites -, e que se vai liberter dessa localização percorrendo a circulação sanguínea até atingir o pulmão, uma vez aí, vai circular numa artéria até que nesta, por diminuição do seu calibre, vai ocorrer uma obstrução.
Não se trata de uma situação estática, o trombo pode deslocar-se e ir afectar outra artéria ou até não causar sintomas.
Quais os Sintomas habituais?
- Diminuição da capacidade respiratória/Falta de ar.
- Dor no torax.
- Tosse seca que pode ser com sangue.
Outros sintomas que podem levar a falsos diagnósticos são o aparecimento de febre baixa, ansiedade e taquicardia.
O Diagnóstico é feito por conversa com o doente, numa fase inicial, onde também se faz uma gasometria arterial (consiste na colheita de sangue de uma artéria, diferente da colheitas habituais que se fazem na veias, esta é mais dolorosa). Este exame mostra diminuição do oxigénio no sangue.
Existem outras situações que podem causar embolia pulmonar, que não as tromboses venosas, mas são menos frequentes. Neste caso estão as pessoas que sofrem fracturas ósseas com exposição do osso. Quando isso acontece pode haver gordura óssea que passe para a corrente sanguínea. Essa gordura ira funcioar como um embolo provocando assim uma - embolia pulmonar gordurosa. Há ainda embolias pulmonares provocadas pela entrada de liquido amniótico na corrente sanguínea aquando do parto ou até em toxicodependentes por entrada de corpos extranhos quando se injectam.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O que são PARABENOS ?
Se é seu hábito, ler a letra miudinha nas embalagens de medicamentos, certamente, já se deparou com esta afirmação, em tom de aviso: - Contém parabenos . Deve ter-se interrogado para quê, porquê ou o que são esses tais de parabenos. Pois bem, não é só aí que os pode encontrar, possivelmente o seu champô também os tem.
Tem esta designação por serem ésteres derivados do ácido p-hidroxibenzóico, são actualmente, o ex-libris dos conservantes fenólicos. São utilizados 5 destes derivados. A sua solubilidade decresce quando se aumenta a cadeia mas, inversamente, sua potencialidade germistática aumenta, onde o butil-parabeno é mais eficiente contra o Aspergillus fumigatus que o propil-parabeno. A reunição de dois ou mais parabenos, tornou-se prática comum, com isto, a acção antimicrobiana aumenta. A concentração mais comum é de 0,18% de metil-parabeno e de 0,02% de propil-parabeno, fazendo parte de algumas formulações. Existem formulações já comerciais prontas para serem utilizadas, caso do Nipacombin e Nipaset, produtos com 65% de metil-parabeno e 35% de propil-parabeno.Metil-parabeno.
Sinónimos: - Nipagim, nipagim M, microlase, metil parabeno, metil p-hidroxibenzoato, Tego-sept M, 4-hidroxibenzoato de metila.
Fórmula química: C8H8O3, peso molecular 152,14 Ponto de fusão: 131 C. Ponto de ebulição: 270 C (280 C dec. ). Cristaliza-se na forma de agulhas brancas ou, apenas um pó fino. Um grama do sal, dissolve-se em 400 mL de água, 70 mL de glicerol ou óleo aquecido. É muito solúvel em acetona e éter, sua relação de solubilidade com a água é de 0,25% p/p a 20 C. e de 0,30% a 25 C. ( THE MERCK INDEX 11th.ed. )
Propriedades organolépticas, não as apresenta o que é um factor de importância primordial se pensarmos que estes produtos devem cumprir a sua função, passando, o mais possível, sem ser notados.
Ação germicida, bacteriostático e fungistático de grande valor, ativos na faixa de pH de 3 a 8. Em presença de nipasol tem sua potência aumentada ( numa relação de 2:1 ).
Em formulações para uso oral, xaropes, usa-se numa concentração de 0,5%, colírios 0,025%, cremes e loções 0,30% e em mucilagens e gomas 0,15%. Embora seja utilizado na preparação de cremes e loções, o seu poder germicida esta diminuído em 80%, quando faz-se uso de Tween 80 ou outro tensoativo e, macromoléculas, porque a quantidade de parabenos livre é inferior à desejada para os efeitos antimicrobianos ( os parabenos, encontram-se complexados com as macromoléculas ou tensoativos, diminuindo a sua eficácia. ). PRISTA ( ilustre professor da faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Porto) ( p.1288. 1976 v.2 ) cita que Patel e Kostenbauer, estudaram quantitativamente a interação entre os parabenos com o Tween 80.
Os conservantes são necessários, para se manter a integridade do medicamento, independente da forma ou fórmula com que se apresente, respeitando-se 4 regras básicas e fundamentais, que são:
- não interagir com o princípio ativo,
- ter enérgica acção antimicrobiana,
- não alterar o gosto, cor e sabor da formulação e,
- não provocar reações de hipersensibilidade.
Estas são as 4 regras fundamentais, existem muitas outras, segundo PRISTA, ( Prista, L. N., et al, Técnologia Farmacêutica. 4ed. 3v. pg. 1643-4, 1996 ), um bom conservante além das qualidades já mencionadas, deve possuir também as seguintes:
- Continuidade de acção, mesmo que o produto contamine-se durante a produção, envazamento, embalagem ou uso, tendo passado por um processo de autoclavagem ou outro mais drástico, assim como as condições de processamento, volte a ser estéril.
- Acção rápida, se a formulação for contaminada, que a mesma se re-esterilize num breve espaço de tempo, como uma hora.
- Atoxidade, não provocando reações de hipersensibilidade.
- Estabilidade, deve ser quimicamente estável, não alterando o pH e a tonicidade.
- Solubilidade, deve ser de fácil solubilização nos veículos que se fizerem necessários.
- Inativação, deve ser possível de neutralizar ou atenuar facilmente a sua ação antimicrobiana, quando da necessidade de um ensaio de esterilidade.
Hoje, a grande maioria dos conservantes, concentra-se na classe dos derivados fenólicos, mais precisamente dos ésteres p-hidroxibenzóicos, como os parabenos, coadjuvando uma acção germicida e germistática. Podemos dividir os conservantes em 4 grandes grupos, que são:
- Mercuriais,
- Fenólicos ,
- Saís de amônio quaternário e
- Outros.

sábado, 1 de dezembro de 2007


Prolactinoma

O que é um prolactinoma?

Qual é o papel da glândula pituitária/Hipófise?

Qual a frequência dos prolactinomas?

Quais são os seus sintomas?

Que outras causas podem fazer elevar os níves de prolactina?

Qual o efeito de um prolactinoma na gravidez e na fertilidade?

Como se tratam os prolactinomas?

Relação entre prolactinomas e altos níveis de prolactina?

Quais os valores normais de Prolactina?



O que é um prolactinoma?


Um prolactinoma é um tumor benigno da glândula pituitária ,também chamada Hipófise, que produz uma hormona chamada prolactina. É o tipo mais comum de Tumor da Hipófise. Os sintomas de prolactinoma são orginados pela presnça de demasiada prolactina no sangue (hiperprolactinémia) ou por pressão da tumoral em tecidos circundantes.
A prolactina estimula a mama a produzir leite durante a gravidez. Após o parto os níveis de prolactina vão cair, a menos que haja amamentação. Cada vez que o bebe mama, aumentam os níveis de prolactina para manter a produção de leite.

Qual é o papel da glândula pituitária?


A glândula pituitária, desempenha um papel essencial na regulação do crescimento e do desenvolvimento, metabolismo e reprodução. Produz prolactina e uma variedade de outras hormonas igualmente importantes. Estas incluem a hormona reguladora do crescimento- hormona do crescimento; ACTH (corticotropina), que estimula as glândulas adrenais a produzir Cortisol; tirotropina, o que avisa a glândula tiróide a produzir as hormonas tiroideias; e hormona luteinizante - LH - e a hormona folículo - estimulante - FSH-, que regulam a ovulação o nível de estrogénios e a produção de progesterona nas mulheres, e formação de espermatozóides e produção de testosterona em homens.
Qual a sua localização ?
A glândula pituitária está situada no meio da cabeça numa zona chamada cela turca. Os nervos do olho estão diretamente acima da glândula pituitária. Não será pois de admirar que um aumento desta glândula provoque sintomas locais, tais como cefaleias ou distúrbios visuais. Estes tumores da pituitária também podem provocar alterações na produção das suas hormonas causando a sua redução (hypopituitarismo).



Qual a frequência dos prolactinomas?
Estudos pós-mortem indicam que 25 por cento da população dos E.U. tem pequenos tumores na hipófise. Quarenta por cento destes tumores da hipófise podem produzir a prolactina, mas a maioria não são consideradas clinicamente significativas. Tumores da pituitária com significado aparecem apenas em 14 de 100 mil pessoas.




Que causas podem estar na origem dos prolactinomas?
Embora a investigação continue a desmantelar os mistérios do crescimento desordenado das células, a causa dos tumores da hipófise permanece desconhecida. A maior parte dos tumores são esporádicos e além disso não se pensa que sejam de transmissão genética.


Quais são os sintomas?
Nas mulheres, os elevados níveis sanguíneos de prolactina podem com frequência causar infertilidade e alterações na menstruação ou Galactorreia. Em algumas mulheres, os períodos podem desaparecer completamente noutras os períodos podem ficar irregulares ou haver alterações no fluxo menstrual. As mulheres que não estão grávidas ou a amamentar poderão começar a produzir leite. Algumas mulheres podem experimentar uma perda de líbido. As relações sexuais podem tornar-se dolorosas devido a um aumento da secura vaginal.

Nos homens, os elevados níveis de prolactina origniam como sintoma mais comum a impotência. Porque os homens não têm um indicador fiável como a menstruação só recorrem ao médico quando quando se verificam dores de cabeça ou problemas oculares quando pelo aumento da hipófise há um pressionar do nervo oftálmico. Além disso podem não reconhecer uma perda gradual da função sexual ou da líbido. É somente após o tratamento que alguns homens se apercebem que tinham um problema com a função sexual.


Que outras causas podem originar um aumento da prolactina?


Em algumas pessoas podemos encontrar níveis altos de prolactina que não são devidos a um tumor hipofisário. Assim pode acontecer devido à toma de alguns medicamentos.


"A secreção de prolactina pela hipófise é, normalmente, reprimida pela Dopamina presente no cérebro."


Drogas que actuam bloqueando os seus efeitos na pituitária ou que originem a diminuição das suas reservas tem esse efeito. São por exemplo os tranquilizantes como Haldol (haloperidol) ou por exemplo Primperan (metoclopramida) usada em tratamentos de refluxo gastroesofágico ou na náusea provocada por tratamentos para combater carcinomas, menos usual é este efeito pela alfa-metildopa e pela reserpina.




Outros tumores perto da pituitária como o que causa Acromegalia ou Sindrome de Cushing que vão bloquear o fluxo de dopamina no cérebro não havendo por isso a sua acção inibitória sobre a pituitária.

Valores aumentados de prolactina são frequentemente observadas em pessoas com hipotiroidismo, e médicos devem testar rotineiramente pessoas com hiperprolactinémia para despiste de hipotiroidismo.
Estimulação mamária também pode causar um pequeno aumento na quantidade de prolactina no sangue.



Como é diagnosticado o prolactinoma ?
Um médico irá testar níveis sanguíneos de prolactina em mulheres com inexplicável secreção de leite (galactorreia) ou menstruação irregulares ou infertilidade, em homens com disfunção sexual e, em casos raros, secreção de leite.

Se a prolactina é alta, um médico irá testar a função tiroideia e verficar se há a toma de medicamentos conhecidos por aumentar secreção da prolactina . O médico vai também solicitar uma ressonância magnética, que é o mais sensível teste para detectar tumores da hipófise e determinar a sua dimensão. Tomografia Computadoriazada (CT varredura) também dá uma imagem da hipófise, mas é menos sensível do que o MRI.
Além de avaliar o tamanho da hipófise com tumor, os médicos também vão procurar por danos a tecidos circundantes, e realizar testes para avaliar se a produção de outras hormonas pituitária é normal. Dependendo do tamanho do tumoral, o médico poderá solicitar um exame ocular com medição da área limitada do campo visual.


Qual é o tratamento para o Prolactinoma?


O objetivo do tratamento é a secreção da prolactina voltar ao normal, reduzir o tamanho tumoral, corrigir eventuais anomalias visuais, e restaurar as funções normais hipófise. No caso dos tumores muito grandes, apenas a realização parcial deste objectivo pode ser possível. Porque dopamina é a molécula que normalmente inibe a secreção prolactina, os médicos podem tratar o prolactinoma com bromocriptina ( Parlodel ) ou cabergolina, drogas que agem como dopamina. Este tipo de medicamento é chamado de um agonista da dopamina. Estas drogas fazem diminuir o tumor e também os níveis prolactina retornar ao normal em aproximadamente 80 por cento dos doentes. Ambos os fármacos foram aprovados pela Food and Drug Administration para o tratamento de hiperprolactinémia. Bromocriptina é o único agonista da dopamina aprovada para o tratamento da infertilidade. Outro agonista da dopamina, pergolide, encontra - se disponível em os E.U., mas para o tratamento de Parkinson.
A Bromocriptina está associado a efeitos secundários, tais como náuseas e tonturas. Para evitar esses efeitos colaterais, é importante iniciar o tratamento com bromocriptina.


Um exemplo típico de uma abordagem utilizada por um endocrinologista:
Começar por tomar um quarto de 2,5 miligrama de bromocriptina com um lanche ao deitar. Depois de 3 dias, aumentar a dose para um quarto de comprimido com café da manhã e um quarto ao deitar. Após mais 3 dias, tomar meio comprimido duas vezes por dia, e 3 dias mais tarde, um comprimido à noite e meio com o pequeno - almoço. Finalmente, o aumento da dose para um comprimido duas vezes por dia. Se a prolactina é ainda elevada, acrescentar meio comprimido, com almoço. Se o medicamento é bem tolerado, aumentar a dose um comprimido. Se desenvolver efeitos secundários com uma dose mais elevada deve-se fazer o retorno à dose anterior. Com o tempo, os efeitos secundários desaparecem enquanto continua a baixar a prolactina.
O tratamento não deve ser interrompido sem consultar um médico endocrinologista. Os níveis de Prolactina voltam a aumentar, na maior parte das pessoas, quando o fármaco é descontinuado. Em alguns, no entanto, os níveis de prolactina permanecem normais, de modo que o médico pode sugerir diminuição ou descontinuação do tratamento de dois em dois anos a título experimental.
A Cabergoline também está associado a efeitos secundários, tais como náuseas e tonturas, mas estes podem ser menos frequente e menos grave do que com bromocriptina. Tal como acontece na terapêutica com bromocriptina , os efeitos secundários podem ser evitados se o tratamento é iniciado lentamente. Começar por tomar .25 miligramas (ou 1 / 2 comprimido) duas vezes por semana. Após quatro semanas, aumentar a dose por .25 miligramas para .50 miligramas (ou 1 comprimido) duas vezes por semana. Depois de mais quatro semanas, aumentar a dose por .25 miligramas para .75 miligramas (ou 1 e 1 / 2 comprimidos), duas vezes por semana. Finalmente, após quatro semanas adicionais , a dose pode ser aumentada para 1 miligrama (ou 2 comprimidos), duas vezes por semana. Se aparecerem os efeitos secundários com uma dose mais elevada, o médico pode retornar à dose anterior. Se num doente o nível da prolactina permanecer normal para 6 meses, o médico pode considerar suspender o tratamento.
Cabergoline não deve ser interrompido sem consultar um médico qualificado endocrinologista.

Cirurgia deve ser considerada se a terapêutica médica não pode ser tolerado ou se falhar a reduzir os níveis prolactina, a restaurar produções normais da hipófise e suas funções, bem como reduzir tamanho tumoral. Se a terapêutica médica é apenas parcialmente bem sucedido, esse tratamento deve continuar, possivelmente combinado com cirurgia ou radioterapia.
Os resultados da cirurgia dependem muito do tamanho tumoral e do nível de prolactina , bem como da habilidade e experiência do neurocirurgião. Quanto mais alto for o nível prolactina, menor a hipótese de atingir níveis séricos normais. Nos melhores centros médicos, a cirurgia corrige os níveis de prolactina em 80 por cento dos doentes para um soro com um valor inferior a 250 ng / mL. Mesmo em doentes com tumores grandes que não podem ser completamente removidos, o tratamento com medicação pode ser capaz de fazer baixar os níveis de prolactina após a ajuda da cirurgia.



Como o prolactinoma pode afectar a gravidez e a utilização de contraceptivos orais?


Se uma mulher tiver um pequeno prolactinoma, não há qualquer razão que ela não poder conceber e ter uma gravidez normal após terapêutica médica. A hipófise e a produção de prolactina aumentam durante uma gravidez normal em mulheres sem desordens hipofisárias. . Mulheres com tumores secretores de prolactina podem verificar um novo alargamento da hipófise e devem ser rigorosamente controladas durante a gravidez. No entanto, os danos causados à hipófise ou nervos do olho ocorre em menos de um por cento das mulheres grávidas com prolactinoma. Em mulheres com tumores grandes, o risco de danos à hipófise ou nervos do olho é maior.
Uma mulher com um prolactinoma deve discutir os seus planos com o seu médico, de modo que ela possa ser cuidadosamente avaliada antes de engravidar. Esta avaliação irá incluir uma ressonância magnética (MRI) de varredura para avaliar o tamanho tumoral e um exame ao olho com medição da área limitada do campo visual. Logo que a mulher engravide, o seu médico irá aconselhar que ela pare de tomar bromocriptina ou cabergoline, os tratamentos comuns para prolactinomas. A maioria dos endocrinologistas quer ver os doentes a cada dois meses ao longo da gravidez. O doente deve consultar o seu endocrinologista prontamente se desenvolve sintomas - sobretudo dores de cabeça, alterações visuais, náuseas, vómitos, sede excessiva ou poliúria, ou extrema letargia. O tratamento com Bromocriptina ou cabergolina pode ser retomado se o doente desenvolver sintomas de crescimento tumoral durante a gravidez.

Durante algum tempo pensou-se que os contraceptivos orais podiam contribuir para o desenvolvimento de prolactinomas. No entanto, este pensamento já foi abandonado.

Doentes com prolactinoma tratados com bromocriptina ou cabergoline podem também tomar contraceptivos orais.

Da mesma forma, a Terapêutica hormonal de substituição (THS) é segura em pacientes com prolactinoma tratados com terapêutica médica ou cirúrgica.



Osteoporose é um factor de risco em mulheres com altos níveis prolactina?


As mulheres cujos ovários produzem inadequada estrogénio têm um risco acrescido de osteoporose. Hiperprolactinémia pode causar um redução na produção de estrogénio . Embora a produção de estrogénio possa ser restabelecida após tratamento para hiperprolactinémia, mesmo um ou dois anos sem níveis adequados de estrogénios pode comprometer a força óssea, e estas mulheres deveriam proteger - se da osteoporose, aumentando o exercício físico e a ingestão de cálcio através da alimentação ou dos suplementos, e evitar fumar.





sexta-feira, 28 de setembro de 2007


O que é a MONUCLEOSE INFECCIOSA ?

A mononucleose é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, o Epstein Barr.
Afecta, habitualmente, adolescentes e adultos jovens. As crianças também são frequentemente afectadas, embora possam apresentar sintomas menos típicos da doençae.

Sim. A mononucleose transmite-se de pessoa a pessoa através de contactos íntimos. O vírus existe na saliva e é transmitido pelo beijo em adolescentes e adultos jovens (por isso a doença é conhecida como «doença do beijo» ou «doença dos namorados») ou pelo contacto entre crianças que partilham objectos contaminados com saliva.Excepcionalmente a transmissão da mononucleose pode ser feita através de uma transfusão de sangue contaminado pelo vírus.

O tempo que decorre entre o contacto com uma pessoa infectada com o vírus da mononucleose e o aparecimento da doença (período de incubação) é de trinta a cinquenta dias.

A mononucleose infecciosa evolui geralmente em duas fases, uma inicial que se caracteriza pelo aparecimento de sintomas gerais comuns a outras infecções virais e uma segunda fase com sintomas mais específicos da doença, que contribuem para o seu diagnóstico.Os sintomas gerais, que duram cerca de uma semana, são mal estar, dores de cabeça, dores musculares, dores de barriga, falta de apetite e fadiga.Na fase seguinte, a febre geralmente moderada (38º-39º) mas persistente, associa-se a dores de garganta e ao aparecimento de gânglios aumentados de volume no pescoço e, por vezes, nas virilhas e nas axilas. O fígado e o baço podem também estar aumentados de volume. Em alguns doentes aparece uma erupção na pele, constituída por manchas e pápulas de cor rosada no tronco e nas zonas dos membros mais próximas do tronco. O aparecimento da erupção é muito mais frequente quando os doentes foram medicados com um antibiótico ( Ampicilina ) que por vezes se utiliza no tratamento de infecções da garganta. Nas crianças pequenas, com menos de dois anos de idade, os sintomas da doença são menos típicos e mais ligeiros, confundindo-se com os de outras doenças virais.

A evolução da mononucleose infecciosa é, em geral, favorável com evolução para a cura, embora a febre e outros sintomas possam persistir por mais de duas ou três semanas. Há, no entanto, formas que evoluem de modo arrastado durante meses ou que se complicam com agravamento da situação clínica. Podem surgir, no seu decurso, problemas neurológicos, cardíacos, hepáticos ou renais. Uma complicação pouco frequente mas grave é a ruptura do baço, na sequência de um traumatismo que pode ser ligeiro. Por este motivo, o repouso e a limitação da actividade física são importantes nas primeiras semanas de doença, quando o baço está inchado e mais sensível.

Como se faz o diagnóstico da mononucleose infecciosa?
A base do diagnóstico da mononucleose é o quadro clínico, constituído por febre mantida, amigdalite e aumento de volume dos gânglios e, por vezes, do fígado e baço. Perante a suspeita clínica, o médico deverá pedir análises de sangue que podem sugerir ou confirmar o diagnóstico de mononucleose infecciosa.

Que tipo de tratamento deve fazer um doente com mononucleose infecciosa?
A mononucleose infecciosa, como muitas outras doenças virais, é uma doença auto limitada, ou seja, evolui para a cura sem qualquer tratamento específico. Não existindo actualmente nenhum medicamento eficaz contra o vírus de Epstein Barr, o tratamento a efectuar destina-se apenas a aliviar os sintomas, como a febre e as dores.O repouso na fase aguda da doença é importante, não só porque a fadiga é um sintoma muito frequente, mas também para facilitar a recuperação do organismo e prevenir o risco de eventual traumatismo do baço que, se estiver aumentado de volume, pode romper causando uma hemorragia grave.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Doenças do Sistema Imunitário
Reacções Alérgicas
Mastocitose
A mastocitose é uma afecção em que os mastócitos, células produtoras de histamina que participam nas reacções imunes, acumulando-se nos tecidos da pele e, por vezes, em outras partes do corpo. O mais frequente é esta situação se limitar à pele, especialmente nas crianças, mas pode afectar outros orgãos (estômago, intestinos, fígado, baço, gânglios linfáticos e até os ossos).
As formas mais raras de mastocitose podem estar associadas a uma doença grave do sangue (como a leucemia, o linfoma, a neutropénia ou uma doença mieloproliferativa) ou a afecções muito graves chamadas leucemia de mastócitos e mastocitose agressiva.
Em cada 10 pessoas com mastocitose comum 9 sofre de urticária pigmentosa (pequenos pontos de cor castanho-avermelhada dispersos por todo o corpo, que costumam causar urticária e vermelhidão quando se esfregam ou coçam).
O início das manifestações da mastocitose pode ocorrer em qualquer idade, porém, em mais da metade dos pacientes é visto entre o nascimento e os 2 anos e felizmente a mastocitose na infância é considerada, na maioria das vezes, uma condição benigna, cuja apresentação característica é essêncialmente cutânea.
- Qual a sua causa ?
Desconhece-se a origem da mastocitose. Com o passar dos anos acumulam-se cada vez mais mastócitos e isso provoca um aumento gradual da sintomatologia, a qual, de qualquer modo, pode ser controlada durante décadas através de medicação. Algumas pessoas afectadas de mastocitose têm dor nas articulações e nos ossos e tendem a sofrer de graves reacções alérgicas, inclusive sintomas semelhantes aos da anafilaxia.
Será lógico pensar que estes doentes obrigatóriamente vão sofrer de úlceras pépticas e diarreia crónica porque o seu estômago produz demasiada histamina.

- Tratamento
O principal objetivo do tratamento de todas as categorias de mastocitose é o controle dos sinais e sintomas determinados ou provocados pela liberação dos mediadores dos mastócitos. Os pacientes devem sempre evitar e prevenir o uso de agentes degranuladores dos mastócitos. Tanto em adultos quanto em crianças, os antagonistas dos receptores H1 são úteis em reduzir prurido, flushing, o sinal de Darier e a taquicardia. Se forem insuficientes, a adição de um antagonista H2 pode ser benéfica. Apesar disso, muitas vezes os sintomas persistem, em parte pela incapacidade de bloquear os efeitos dos altos níveis de histamina e a presença de outros mediadores. O cromoglicato dissódico inibe a degranulação dos mastócitos e pode ter alguma eficácia no tratamento, particularmente no alívio dos sintomas gastrintestinais, apesar de não diminuir os níveis séricos ou urinários de histamina.
Outros tratamentos citados na literatura, são o uso de cetotifeno, como estabilizador da membrana celular dos mastócitos e com propriedades anti-histamínicas; adrenalina, usada nos episódios de colapso vascular; tratamento fotoquimioterápico com psoraleno e ultravioleta A, que induz uma diminuição temporária dos mastócitos dérmicos; interferons associados ou não com corticóides sistêmicos, para pacientes com mastocitose sistêmica. Glicocorticóides tópicos podem ser usados na UP (urticária pigmentosa) extensa ou na mastocitose cutânea difusa. O número de mastócitos diminui à medida que as lesões se tornam mais claras; elas eventualmente podem recorrer após o término do tratamento, mas a melhoria pode durar mais de 1 ano. Nas crianças, os corticóides tópicos devem ser usados em pequenas áreas e com muita cautela, pelo risco de supressão adrenal devida ao uso crónico.


Os casos de complicação e morte do paciente são raros e podem deve-se a hipotensão secundária à degranulação maciça dos mastócitos, precipitada por algum agente. Entre esses agentes, poderiam ser relacionados as toxinas bacterianas secundárias a uma sepsis.
Síntese:
A mastocitose é de ETIOLOGIA desconhecida, é uma situação rara e que só muito esporadicamente afecta vários membros da mesma família, não distingue sexos. As formas cutâneas são geralmente próprias da infância.
A Mastocitose pode assumir 3 formas:
1. Cutânea,
Esta por sua vez pode assumir a forma clínica de :
-Urticária pigmentosa ( UP ).
-Mastocitonia solitária
-Talangectasia macularis eruptiva pestens
-Mastocitose cutânea difusa
2. Sistémica
3. Maligna ( leucemia mastocítica)

Os mastócitos são celulas derivadas dos precursores hematopoiéticos que se encontram na derme e em diferentes orgãos e tecidos. Estas celulas expressão à sua superfície o receptor que se une à porção Fc do Anticorpo IgE de alta afinidade. Os mastocitos quando reconhecem antigénios específicos sofrem desgranulação e libertam os diferentes mediadores infalmatórios armazenados nos grânulos ( dos mastócitos) tais como Histamina, Heparina, Prostaglandina D, Serotonina, Acido Hialurónico, Leucotrieno C4, o factor activador das plaquetas e o TNF alfa (factor de necrose tumoral alfa). É esta situação última que se pretende evitar e uma vez que ela pode ser desencadeada por outros factores não imunológicos importa saber quais.

- Factores que favorecem a Desgranuação dos Mastócitos:
Estímulos físicos:
Exercício
Fricção da pele
Banhos quentes ou frios (mudanças bruscas de temperatura
Bebidas quentes
Comidas picantes
Álcool
Fármacos:

Aspirina
AINE
Codeína
Morfina
Relaxantes Musculares
Polimixina B
Tiamina
Quinina
Tubocurarina
Escopolamina
Procaína
Opiáceos
Outros:
Raios X
Polímeros de alto peso molecular endovenosos (dextrano)
Stress
Toxinas bacterianas
Picadas de medusa e insectos (mosquitos, vespas e abelhas)
Ingestão de Carangejo ou Lagosta
Parasítas ex: Ascaris lumbricoides

sexta-feira, 14 de setembro de 2007



ICTERÍCIA - Cor amarela das mucosas e da pele

O que é a icterícia ?
A cor amarela da esclerótica dos olhos, das mucosas e da pele é consequência do aumento da bilirrubina, no sangue e nos tecidos, acima dos valores normais. Os nossos glóbulos vermelhos são destruídos 120 dias depois de nascerem na medula óssea. Todos os dias nascem e são destruídos glóbulos vermelhos no nosso organismo. Um dos produtos da destruição dos glóbulos vermelhos é a bilirrubina que é captada pelas células do fígado e eliminada pelas vias biliares até ao duodeno. Se a destruição dos glóbulos vermelhos é muito grande ou se há um obstáculo no fígado ou nas vias biliares que dificulte a passagem da bilirrubina para o duodeno, ela aumenta no sangue e dá a cor amarela às mucosas e depois à pele.

Icterícia deriva do grego Íkteros nome dado ao verdelhão, um pássaro de plumagem verde-amarela.

Quais as causas da icterícia ?
Muitas doenças podem causar icterícia: doenças do fígado, doenças das vias biliares e doenças que provocam hemólise dos glóbulos vermelhos. O médico para concluir qual a causa duma icterícia interroga o doente, pede análises ao sangue e quando necessário recorre a outros exames ( Ecografia, TAC , CPRE, biopsia hepática, etc. ). Por vezes, este estudo, pode demorar dias ou semanas, até se chegar a uma conclusão mas, com os meios de diagnóstico de que hoje dispomos ( bioquímicos e de imagem ), é raro não se conseguir um diagnóstico correcto, a curto prazo. A icterícia é pois, um sinal comum a muitas doenças, e não uma doença. Algumas dessas doenças são auto-limitadas ( curam sem necessitarem de tratamento, como acontece com a Hepatite A ) outras necessitam de tratamento médico e outras de tratamento cirúrgico. Icterícia não é sinónimo de hepatite. Na maior parte das vezes, as hepatites, nem sequer, apresentam icterícia.

Um naco de prosa:
... Amarelo só fiquei quando tive hepatite, felizmente do tipo A, daquelas que se curam quase sempre sem sequelas. Foi então que se fez luz ! Afinal um dos temas das minhas palestras era sobre doentes ictéricos, daqueles que ficam com a pele e os olhos cor de canário. Vou escrever sobre o prazer de os restituir à cor natural. Infelizmente existem muitas doenças que se tratam cirurgicamente quando os doentes ficam amarelos. Desde as simples pedras na vesícula, que às vezes pregam partidas e resolvem emigrar ou inflamar a sua casa natural, até aos mais complicados tumores que entopem as vias excretoras da bílis, quer ao nível dos próprios canais, quer quando atravessam o pâncreas antes de desaguar no intestino. Também há doenças do próprio fígado que são causa de "doenças amarelas". É um grande desafio o tratamento destes doentes que pode variar desde o simples tirar da vesícula, agora quase sempre feito pela técnica dos buraquinhos ( laparoscopia ), até à substituição do fígado doente por um novo, de uma pessoa que já morreu e não precisa dele para nada. É isto que se chama um transplante hepático. Assistir depois de um transplante ao "destingir" destes doentes é um sinal de que tudo correu bem e dá um enorme prazer. Qualquer cidadão sabe que estar amarelo e com a urina cor de vinho do Porto não é bom sinal. Ao ver-se ao espelho o doente sabe imediatamente que algo não está bem. Está amarelo e procura o médico por razões óbvias. No caso de ser operado sabe também como o seu cirurgião se as coisas estão ou não a correr bem. Trata-se de constatar a mudança da cor e de ouvir os familiares e os amigos opinarem: " Estás a ficar melhor, estás muito menos amarelo!". Para a febre amarela há hoje vacina. Para a hepatite B também e é um verdadeiro crime os pais não vacinarem os filhos, sobretudo quando se aproxima a adolescência. Operar os doentes amarelos é portanto uma das minhas missões...
Eduardo BarrosoCrónica ( fragmento ) publicado inicialmente no DN e depois no livro " Prazeres " - Dife

ICTERÍCIA DO RECÉM NASCIDO - AMARELÃO

O que é?
Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos. Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos que é causada pelo excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue.
A criança fica ictérica quando a formação de bilirrubina é maior do que a capacidade do seu fígado de metabolizá-la.
Quais são os sintomas da icterícia?
A icterícia normalmente aparece ao redor do segundo ou terceiro dia de vida. Começa pela cabeça e progride para baixo. A pele de um bebé ictérico ficará amarela primeiro na face, depois no tórax, no abdómen e, finalmente, nas pernas. O branco dos olhos de uma criança também poderá ficar amarelo.


Como se reconhece que uma criança está com icterícia?
Um teste simples para icterícia é apertar suavemente com a ponta do dedo a ponta do nariz ou a testa da criança. Se a pele permanece branca (este teste funciona para todas as raças) não há icterícia; se a cor for amarelada, você deve levar sua criança ao pediatra para ver se a icterícia é significativa e requer algum tipo de tratamento. Na presença de pele muito amarelada, há necessidade de exames de sangue para avaliar a intensidade, fazer um diagnóstico mais preciso do tipo de icterícia e indicar o tratamento mais adequado.
Porque existe preocupação com uma criança com icterícia?
O acúmulo deste pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis.

Tipos de icterícia
Há vários tipos de icterícia no recém-nascido. Os mais comuns são os seguintes:
Icterícia fisiológica (normal):
Ocorre em mais de 50% dos recém-nascidos. Esta icterícia é devida à característica própria do bebés que leva a um metabolismo lento da bilirrubina. Geralmente surge entre o 2o e o 4o dias de vida e desaparece entre a 1a e a 2a semana de idade.
Icterícia da prematuridade:
Ocorre com muita frequência em bebés prematuros uma vez que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina eficazmente.
Icterícia do leite materno:
Em 1% a 2% de bebés alimentados ao peito, pode ocorrer icterícia causada por substâncias que reduzem a excreção intestinal da bilirrubina. Começa geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode durar de 3 a 10 semanas.
Por incompatibilidade de grupo sanguíneo (Rh ou ABO): a icterícia por incompatibilidade muitas vezes começa já durante o primeiro dia de vida. Incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa de icterícia, sendo prevenida com uma injeção de imunoglobulina anti-Rh (RhoGAM) à mãe dentro das primeiras 72 horas após o parto. Isto impede a formação de anticorpos que poderiam colocar em risco os próximos bebés.



Prevenção de complicações da icterícia
O pediatra da sua criança deverá ser procurado imediatamente se:
A icterícia for identificável durante as primeiras 24 horas de vida.
A icterícia alcançar os braços ou pernas.
Seu bebé apresentar febre.
Sua criança começa a parecer doente.

Procure seu médico se:
A cor ficar mais forte depois do 7o dia.
A icterícia não tiver desaparecido após o 15o dia.
Seu bebê não estiver ganhando peso suficiente.
Você estiver preocupada pela intensidade da icterícia.
Você tiver qualquer dúvida - de qualquer tipo - quanto à saúde do seu bebê.


Como se trata?
Se a icterícia for de níveis leves a moderados, por volta de 5 a 7 dias de vida o bebé terá resolvido a icterícia sozinho.
Se a icterícia atingir níveis mais altos, fototerapia ( banhos de luz ) pode ser necessária.
Também podem ser recomendadas alimentações mais frequentes para ajudar a criança a eliminar a bilirrubina pelas fezes.
Em alguns casos, seu médico pode lhe pedir para interromper a amamentação ao seio temporariamente. Durante esse tempo, você pode esgotar os seios com uma bomba, assim você pode manter a produção de leite do peito e você poderá começar a amamentar novamente assim que a icterícia tenha diminuído. Em alguns casos, uma troca de sangue pode ser necessária para eliminar o excesso de bilirrubina do sangue do bebé.
Raros casos não têm tratamento satisfatório sendo que alguns necessitam intervenção cirúrgica.
Prognóstico
Quando atendida em tempo, a situação pode ser totalmente controlada sem deixar sequelas.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Veterinária
Como não matar o seu gato !

Muitas vezes há a tentação de, extrapolar a utilização de medicamentos de uso humano, para os animais, em situações que nos parecem semelhantes. Um exemplo disso é a utilização da célebre Aspirina.
O ácido acetilsalicílico inibe a enzima COX-1, o que vai limitar a produção de prostaglandinas. Com a redução da inflamação há também uma diminuição da dor e do desconforto inclusive se este for provocado por uma elevação da temperatura.
Nos gatos esta situação também se verifica só que o tempo de semi-vida do ácido acetilsalicílico é muito mais prolongado do que no ser humano atingindo cerca de 44,6 horas ( comparativamente no cão este tempo é bem menor cerca de 7 a 8 horas). Assim sendo é fácil perceber que o risco de intoxicação por acumulação é elevado. Poderá surgir então: Depressão, Vómitos (por vezes com sangue), Taquipeneia, aumento da Temperatura corporal, depressão muscular, Ataxia, Coma e Morte em apenas um ou dois dias.
Nem mesmo a administração doseada e repartida por dias está isenta de perigos como irritação gástrica e hemorragias podendo surgir casos de úlceras e perfuração gastrointestinal.
As drogas anti-inflamatórias não esteróides (AINE´s) reduzem a função das plaquetas por inibição da sua secreção e agregação em virtude de diminuirem a síntese do tromboxano e da prostaglandina plaquetária. Além disso estas drogas em dose tóxica causam, por vezes, hepatite tóxica e como é no fígado que ocorre a síntese de alguns dos variados factores de coagulação isto vem agravar a situação.
Não existe um antídoto específico o que há a fazer é induzir o esvaziamento gástrico provocando emese ou por lavagem gástrica. O desfecho é usualmente fatal.
Por isso a expressão " toma uma aspirina que isso passa" nos gatos poderá ser traduzida como "toma uma aspirina e passas para o outro lado"

domingo, 29 de julho de 2007

Ácido Fólico \ Vitamina B9 \ Folatos

Quando, em 1941, investigadores nos EUA isolaram do espinafre um factor responsável pela estimulação do crescimento do Streptococcus lactis sugeriram o nome de Ácido Fólico ( do latim folium para folha ) não imaginavam ainda a sua importância como vitamina para os humanos.


Antes deles outros investigadores já haviam isolado de extractos de fígado e levedura um agente curativo para a anemia macrocítica e factor de crescimento para frangos para Lactobacillus casei e para Streptococcus lactis mas as designações dadas por eles ( Vitamina M, Vitamina BC, Factor U ) não perduraram até hoje.


Em 1945 fica demonstrado que o Ácido Fólico cura a anemia megaloblástica da gravidez mas só em 1991 fica estabelecido que um suplemento de ácido fólico reduz a possibilidade de deficiência do canal neural em mulheres que já deram à luz uma criança com esta deficiência.



Já todos nós sabemos a importância do Ácido Fólico nos nossos dias mas;

- Quais de nós devemos fazer um suplemento de ácido fólico ?

- Quais os medicamentos que podem interferir com a sua absorção ?

- Quais os efeitos de um nível baixo de ácido fólico no organismo ?

Para responder a estas e outras questões vamos saber o que é, quais as suas fontes, e como é absorvido no nosso organismo.


O que é quimicamente?



O ácido fólico cujo nome químico é ácido pteroilglutâmico, pertence ao grupo das vitamínas do Complexo B, ainda é referido como folacina, vitamina B9 designações já em desuso. Actualmente o termo "Folatos" é utilizado para englobar todos os membros desta família que tem em comum o ácido pteróico ligado a um ou mais moléculas de L-glutamato.



Fig. 12

Qual a sua função ?

A função dos folatos é actuar no metabolismo de compostos de um carbono, sendo essencial para a biossíntese de purinas e da primidina tímica, vital na formação de glóbulos vermelhos (formação e manutenção de eritrócito e leucócito) e conversão de proteínas em energia.
São necessários para o crescimento e divisão celular, recuperação de doenças, funcionamento perfeito do trato intestinal. Transmissão de traços hereditários. Aumentam a lactação, podem retratar o embranquecimento dos cabelos se ingerindo junto com a B5 e o PABA. Oferece proteção contra os parasitais intestinais e intoxicação alimentar.

Quais são as suas fontes ?


Os folatos podem ser encontrados em muitos alimentos mas as fontes mais ricas são o fígado, os vegetais de folha verde escura, os feijões, o gérmen de trigo e a levedura, também pode ser encontrado na gema do ovo, no linho, em sumo de laranja e no pão integral (de trigo).

Importante é saber que os folatos presentes nos alimentos estão numa forma instável os vegetais frescos armazenados durante apenas 3 dias, à temperatura ambiente, já podem ter perdido 70% da sua actividade em folato. Outra forma de ocorrerem perdas é pela cozedura com extração da água ou pelo próprio aquecimento.

Uma vez no organismo ele apenas é armazenado no fígado e em pequenas quantidades, é por isso que, uma dieta pobre em ácido fólico pode originar uma deficiência em apenas alguns meses.


Como é absorvido ?


Os folatos da nossa dieta estão na forma de poliglutamato ( o n da figura 12 vai variando) e é assim que chegam ao intestino. Como é uma vitamina hidrossolúvel é de prever que tenha dificuldade em passar as nossas membranas celulares de natureza lipídica. Assim tem de existir um mecanismo para que entre na celula do intestino e daí passe à corrente sanguínea. Foi identificada uma proteína membranar ( PCFT/HCP1) que transporta os folatos do meio ácido do intestino delgado até ao interior das células intestinais.

No mundo ocidental um défice de ácido fólico pode ocorrer com frequência porque não se comem verduras cruas suficientes. As pessoas que sofrem de doenças do intestino delgado, sobretudo a doença de Crohn e o doença Celíaca, podem ter dificuldades para absorver o ácido fólico. Alguns medicamentos, como os antiepilépticos e os anticoncepcionais orais, também diminuem a absorção desta vitamina.

Quem deve fazer um suplemento de ácido fólico e quais os medicamentos que interferem com a sua absorção ?

Do que foi descrito sob a forma de absorção do ácido fólico já dei algumas pistas sobre isto mas, certamente, vai ficar surpreendido se lhe disser que, por exemplo, quem toma a pílula pode ver os seus níveis de folatos reduzidos por interferências várias, isto também se aplica a que ingere álcool em excesso ou até quem apenas toma medicamentos para baixar o colesterol, (ex: colestiramina ) ou agentes anti-epilépticos, também a sulfasalazina (uma sulfonamida usada no tratamento da colite ulcerosa). Outra situação habitual hoje em dia é a toma de anti-ulcerosos e anti-ácidos.

Então podemos aceitar a existência, à priori, de grupos de risco. Os Doentes de Crohn, Doentes Celíacos são um grupo que já possui outras deficiências nutricionais em resultado da má absorção desempenhada pelo seu intestino. Quem tem "problemas de estômago" estará certamente neste grupo. Para finalizar as Grávidas e mães que Amamentam também são um grupo de risco para um baixo nível de folatos em virtude de haver perdas para o leite e de ser necessário um grande aporte de folatos para o crescimento e renovação celular nesta etapa da vida. Há também situações que podem contribuir para uma melhor absorção dos folatos tais como um adequado aporte de Vitaminas do grupo B e da tão conhecida Vitamina C, esta além disso pode fornecer o meio redutor necessário à preservação dos folatos na dieta. Uma dieta pobre em ácido ascórbico será, provavelmente, pobre em folatos.

- Quais os efeitos de um baixo nível de folatos no organismo ?

O ácido tetrahidrofólico ( n = 4 ) é a forma activa dos folatos no organismo e actua como Coenzima em numerosas reacções metabólicas essenciais. Algumas como o metabolismo dos a.a. fundamentais para a síntese proteíca ou a síntese dos ác. nucléicos os famosos DNA e RNA que transportam a informação genética no nosso organismo.

A deficiência dos folatos numa fase inicial pode manifesta-se por cansaço, irritabilidade e perda de apetide, como vemos pode passar facimente desapercebida. Por isso vamos analisar a deficiência grave em folatos, essa sim, leva num curto período a uma anemia megaloblástica, uma doença na qual a medula óssea produz glóbulos vermelhos grandes e imaturos. Uma vez deixada sem tratamento pode ser fatal.

Uma situação aguda de deficiência em folatos pode surgir quando se fazem alguns tratamentos com antagonistas dos folatos aqui surjem perda de apetite, dores abdominais, enjoos e diarreia, podem até desenvolver-se úlceras dolorosas na boca e na faringe, alterações de pele e perda de cabelo. A nível geral uma deficiência crónica gera quase sempre problemas neurológicos com demência e depressão.

- Qual a Dose Diária Recomendada ?

A OMS recomenda: 25 a 35 mg de folatos / dia para bebés.

50 a 150 mg para crianças.

200mg homens.

180mg mulheres.

600mg mulhere grávias.

260 a 280mg mulheres a amamentar.

- Utilização Terapêutica

Para situações de risco de deficiência de folatos são recomendados suplementos de ácido fólico ( ou em alguns casos de àcido folínico ) de 400 a 500 mg. Durante a gravidez são utiliazadas doses até 5mg por estar demonstrado a redução de incidência de malformações do feto, especialmente as deficiências do canal neural ( malformações do cérebro e medula espinal).